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terça-feira, 22 de junho de 2010

Calendário Galático da Terra Maia

1. BAKTUN O (= 13). Baktun da Semeadura Este/ar. 3113-2718 a.C. 13.0.0.0.0

A Terra penetra o Feixe de Radiação Galáctica Sincronizante. Disseminação dos "transmissores estelares" da liga galáctica entre os povos do planeta'. Consolidação do Alto e Baixo Egito, 3100 a.C. Expansão da Suméria, 3000 a.C. Construção de Stonehenge começa em 2800 a.C.

2. BAKTUN 1. Baktun da Pirâmide. 2718-2324 a.C. 1.0.0.0.0

A construção/ativação da Grande Pirâmide de Gisé, Egito, 2700-2600 a.C., marca o estabelecimento do corpo de luz do planeta. Dispersão das civilizações dos sumérios, acadianos e de Ur. Desenvolvimento do bronze. Começo de Harapa, civilização do Indu. Início da vida sedentária agrícola, China, Mesoamérica, Andes.

3. BAKTUN 2. Baktun da Roda. 2324-1930 a.C. 2.0.0.0.0

Utilização plena da roda, início da tecnologia de transporte e do pensamento cíclico, leis escritas e metalurgia, na Mesopotâmia. Sargão e o primeiro. império da Babilônia. Uso do carro de guerra, imperialismo territorial. Era dos imperadores lendários da China. Estabelecimento da civilização minóica, em Creta.

4. BAKTUN 3. Baktun da Montanha Sagrada. 1930-1536 a.C.3.0.0.0.0.

Médio. E novo Império no Egito; - nova demarcação do centro. Para a Montanha Sagrada do Ocidente, no Vale dos Reis, marca a decisão dos egípcios de perpetuar o governo dinástico e consolidar o padrão de territorial ismo defensivo como norma para a vida civilizada. Hordas de invasores - hititas árias; destruição das civilizações do Indu e minóica.

5. BAKTUN 4. Baktun da Casa de Shang. 1536-1141 a.C. 4.0.0.0.0 Estabelecimento da Dinastia Shang, China, formulação da doutrina do yin/yang, metalurgia em bronze e padrões avançados da civilização: a chinesa. Primórdios da civilização védica, índia. Surgimento da civilização de Chavin, Andes, e dos olmecas, Mesoamérica. Akenaton, Egito; Abrahão e Moisés, Israel; consolidação dos hititas, na Mesopotâmia.

6. BAKTUN 5. Baktun do Selo Imperial. 1141-747 a.C. 5.0: 0.0.0 Impérios assírios e babilônicos. Armas de ferro e máquinas de guerra. Ascensão dos gregos micênicos, no Mediterrâneo, saque de Tróia. Dinastia Chou, China; surgimento do I Ching. Expansão da cultura olmeca por toda a Mesoamérica. O cavalo é usado para a guerra, o governo imperial militarista e a sucessão dinástica são estabelecidos como norma de vida civilizada no planeta.

7. BAKTUN 6. Baktun dos Preceitos da Mente. 747-353 a.C. 6.0.0.0.0

Período da primeira leva de maias galácticos na Mesoamérica. Império persa. Surgimento do pensamento filosófico individualista suplantando as formas coletivas anteriores. Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, na Grécia; as seis escolas do pensamento védico, Mahavira e Buda, na Índia; Lao Tsé, Confúcio, Chuang Tsé, na China. Construção de Mente Alban, no México, primórdios do sistema de calendário maia.

8. BAKTUN 7. Baktun do Ungido. 353 a.C. -41 d.C. 7.0.0.0.0 Civilização helênica, Alexandre, o Grande; Ascensão de Roma, começo do Império Romano; celtas na Europa, avanços na tecnologia do ferro; união dos Estados Beligerantes da China por Ch'in Huang Ti, primórdios da Dinastia Han, Grande Muralha da China; o budismo se expande da índia para a Ásia Central, como religião cosmopolita. Jesus Cristo, religiões gnósticas do Oriente Médio; difusão dos olmecas e fundação de Teotihuacán.

9. BAKTUN 8. Baktun dos Senhores do Vermelho e Negro. 41-435 d.C. 8.0.0.0.0 .

Término da construção da Pirâmide de Teotihuacán, consolidação da cultura mesoamericana, os Senhores do Vermelho e Negro, primeiros ensinamentos de Quetzalcoat1; Moche, Nazca e Tiahuanaco, nos Andes; Ilha de Páscoa; surgimento dos reinos da África Ocidental; expansão e colapso do Império Romano, ascensão do cristianismo; colapso da Dinastia Han, expansão do budismo na China e sudeste asiático.

10. BAKTUN 9. Baktun dos Maias. 435-830 d.C. 9.0.0.0.0

Segunda visitação galáctica dos maias, Pacal Votan de palanque e o florescimento do sistema cultural maia; Maomé e a ascensão do Islã;

Europa Ocidental Cristã. Romana e Europa Oriental Cristã Bizantina Ortodoxa; ascensão do hinduísmo, na Índia; expansão do budismo no Tibete, Coréia, Japão; Dinastia T'ang, na China; ascensão dos reinos do sudeste asiático, Indonésia (Borobadur, Java); predomínio de Tiahuanaco, nos Andes; civilização polinésia, Oceania; primórdios da civilização nigeriana.

11. BAKTUN 10. Baktun das Guerras Santas. 830-1224 d.C.

10.0.0.0.0 Colapso dos maias clássicos e da civilização do México central, Quetzalcoatl 1 Junco e ascensão dos toltecas; civilizações Chan Chan e Chimu, nos Andes; ascensão dos I'fes, na Nigéria; florescimento e expansão do Islã e confronto com a civilização cristã - as Cruzadas; ascensão da civilização tibetana; Dinastia Sung, na China, imprensa, pólvora; Dinastia Khmer, no sudeste asiático. O Grande Zimbábue, África Oriental.

12. BAKTUN 11. Baktun da Semente Oculta. 1224-1618 d.C. 11.0.0.0.0

Expansão do Islã até a Índia, Ásia Central e do Sudeste, África Ocidental; isolamento do Tibete; ascensão dos turcos, mongóis, conquista da China; isolamento do Japão; ascensão do Zimbábue, África Oriental. I'fe e Benin, África Ocidental; apogeu da civilizaçã9 cristã, Europa Ocidental e ascensão da civilização russa ortodoxa, Europa Oriental; a Reforma e a cisão na Igreja cristã; expansão e triunfo da civilização européia na conquista dos impérios inca e asteca; começo da colonização européia, declínio da concepção de um mundo sagrado (semente oculta).

13. BAKTUN 12. Baktun da Transformação da Matéria. 1618-2012 d.e. 12.0.0.0.0

Ascensão e triunfo do materialismo científico, a conquista do mundo pelos europeus, a Revolução Industrial, as revoluções democráticas da América e da Europa; o colonialismo na África, América Latina e Ásia; industrialização do Japão; Karl Marx e a ascensão do comunismo; revoluções comunistas da Rússia e China; Primeira Guerra Mundial e Segunda Guerra Mundial; a bomba atômica e a era nuclear; ascensão das potências do Terceiro Mundo, Islã, México e Índia; terrorismo global e colapso da civilização tecnológica; purificação da Terra e a era final da regeneração global; era da informação e tecnologia solar do cristal; sincronização galáctica.

O que testemunhamos nessa análise resumida das características, bem como da principal atividade dos treze ciclos Baktun é uma aceleração e uma expansão de energia, culminando numa grande onda que atinge o clímax no décimo terceiro ciclo, o Baktun 12, o Baktun da Transformação da Matéria. O nome do último Baktun, assim como o do primeiro, o Baktun da Semeadura Estelar, nos fornece as pistas. O que aparece como um processo histórico - o Grande Ciclo é na verdade um processo planetário, um estágio da evolução consciente da Terra, a utilização de seu corpo de luz.

Nesse empenho que abrange todo o planeta, os seres humanos são os instrumentos atmosféricos sensíveis utilizados galacticamente em um processo cujo objetivo é a transformação do "campo material" planetário. A meta da transformação é elevar esse campo a um nível de freqüência ressonante mais alto e mais harmônico. É assim que se constrói o corpo de luz, o invólucro etérico conscientemente articulado do planeta. De certa forma é o que se quer dizer com referência ao Grande Ciclo como o diâmetro de 5.125 anos de um Feixe de Radiação Galáctica Sincronizante.

Para que se possa entender o significado da história como a construção galacticamente sincronizada do corpo de luz do planeta, é necessário compreender o papel do nosso mundo em relação a um organismo maior, do qual ele é um membro participante - o sistema solar. Este consiste em uma estrela central - o Sol - e uma família de pelo menos dez planetas. O sistema solar é um organismo auto-suficiente cujo invólucro sutil ou campo da mente 23 anos. Enquanto dezesseis ciclos de 260 dias são iguais há 11,3 anos, 11,3 ciclos de vinte e três anos equivalem a cerca de 260 anos.

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Pensamento Espiritualista 2 - Mitologia Africana

Olodumare o Todo em Tudo, a Natureza, o Algo do Nada, criou o Universo em 4 dias. Em cada dia criou 4 Odus, num total de 16 Odus principais, ou seja, 16 kàdárà (predestinações) possíveis, que se desdobrando entre si, perfazem o total de 256 odus.

Cada Odù aponta uma direção, um ponto de partida e seu término, alterando e influenciando dia após dia a conduta de tudo que possui vida. Os 16 odus principais correspondem aos pontos de adoração do Universo, que são os pontos cardeais, colaterais e sub-colaterais. Itan Dídá Àiyé (história da criação do mundo) Ofun Meji criou o Universo.

Após os primeiros momentos da formação do cosmos Ofun Meji deu início à geração de seus filhos (os demais odus). O primogênito foi Oyeku Meji, pois no princípio só havia trevas. Em seguida criou Ejiogbe (segundo alguns relatos ambos nasceram no mesmo dia). Após conceber Oyeku Meji, Ofun Meji entrega-lhe seu cetro real para que com o mesmo abrisse o PORTAL DA LUZ. Tão logo o mesmo fosse aberto surgiria à luz e a mesma se dispersaria pelo Universo, iluminando-o em todas as direções. Ofun Meji recomendou a Oyeku Meji abstinência ao emu.

Certo dia Oyeku Meji ao retornar de suas ocupações dispersou-se de seu irmão e embriagou-se com emu, desobedecendo às determinações do pai. Ejiogbe sentiu falta do irmão e retornou pelo caminho percorrido, encontrando-o embriagado e adormecido. Por mais que tentasse não conseguiu acordá-lo. Em face disso Ejiogbe recolheu o cetro real e retornou sozinho ao Orun, onde Ofun Meji os aguardava. Tão logo chegou o pai perguntou: "Onde está teu irmão, o guardião do cetro que conduzes?" "Ele bebeu emu em excesso e adormeceu. Tentei acordá-lo em vão. Como era hora de retornar, resolvi eu mesmo trazer o cetro real."

"Tu não bebeste?"

"Não! Sabes que não desobedeço às tuas ordens, meu pai." "Sendo assim confiarei a ti a guarda do cetro real. Tu substituirás teu irmão a partir deste instante.” Ao se recuperar da embriaguez e sentir a falta do cetro real, Oyeku Meji retornou ao Orun totalmente desnorteado. Ao cruzar os umbrais do orun foi interpelado por seu pai: "Por que me desobedeceste, meu filho?" "Não resisti ao desejo veemente do emu, e o pior é que não sei onde deixei o vosso cetro, e nem onde está meu irmão." "Felizmente ambos não estão perdidos. Teu irmão recolheu o cetro real e o trouxe de volta para mim. Devido ao teu procedimento, de hoje em diante estarás subordinado a teu irmão mais novo." A partir daí é que Ejiogbe passou a ocupar o primeiro lugar por ordem de chegada ao Aiye. Oyeku Meji resignou-se a seguir fielmente Ejiogbe, o qual, piedoso suplicou ao pai: "Oyeku Meji é meu irmão mais velho, e em face de sua fraqueza e desobediência tornou-se meu servo, o que me entristece. Seria possível dar a ele a guarda das noites e das trevas, uma vez que confiaste há mim os dias e a luz?" Com pena, Ofun Meji confiou a Oyeku Meji a vigília da noite, das trevas, do sono e da insônia, enfim a guarda de tudo que ocorre à noite seja na terra, no ar ou nas águas. Mais uma vez Ofun Meji chamou Ejiogbe a sua presença e o encarregou de disseminar a luz aos mais longínquos recantos do Universo, criando assim as estrelas. Deu-lhe como auxiliar Èsù (por isso Exu percorre os quatro cantos do mundo com seu ogó).

As determinações foram cumpridas, ficando do alto do céu o sol a reinar sobre os dias e a lua sobre as noites, e as estrela a brilhar nas madrugadas.


Pensamento Espiritualista 1

O Um e o Zero

Filosoficamente


É o ser ou não ser.

Como existimos, existe no mínimo 1 (sou, existo), o 1 prevalece.

(O zero aniquilaria qualquer outra possibilidade).

Dialeticamente, o conceito de ser (1) necessita do conceito do não ser (0) como prova de contraposição.

Ambos possuem o mesmo valor absoluto.

Um precisa do outro como prova.


Desdobramento


Como o 1 e o 0 não podem habitar a mesma casa (um aniquilaria o outro), o 1 abre uma casa para si: \_1_/ \_0_/

O valor absoluto da casa do 1 é igual ao valor da casa do zero, pois ambos são elementos de contraposição.

O valor relativo do um nesta casa é maior que o valor da casa zero, pois resulta do 1 original mais a casa que foi criada (algo foi criado, tem valor).


Raízes Binárias

É muito interessante notar as raízes binárias (0 e 1):

TUDO / NADA DEUS / DIABO

VERDADE / MENTIRA DIREITA / ESQUERDA

HOMEM / MULHER CÉU / INFERNO

PRETO / BRANCO VIVO / MORTO

LIGADO / DESLIGADO NORTE / SUL

PRESO / SOLTO LESTE / OESTE

DENTRO / FORA ACIMA / ABAIXO




Raízes Binárias

Na Anatomia: Masculino (1) Feminino (0)

Na Procriação: Espermatozóide (1) Óvulo (0)

Na Biologia: As células se dividem em duas, tanto nos seres unicelulares, quanto nos multicelulares

(no crescimento dos seres e na reposição de células mortas)


sexta-feira, 11 de junho de 2010

Primeira Epístola aos Coríntios

"O Coração é morada do amor..."

É no capítulo 13 da epístola que Paulo de Tarso fala grandiosamente sobre o amor (em grego ágape) que, em algumas traduções, aparece com o vocábulo caridade:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o Amor.
"Que assim Seja!"

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Virtudes: Escada para o amor incondicional

Sempre ouvimos falar em virtudes na escola ou em poesias, com sorte, podemos encontrá-las num livro de auto-ajuda. Em geral, as virtudes são pouco lembradas e menos ainda praticadas; elas ficam relegadas ao plano da poesia como parte de uma beleza inalcançável ou ainda ao plano da filosofia como se fosse apenas matéria-prima do pensamento. Mas o que são, de fato, as virtudes? E, mais importante: de que nos servem?

Comecemos então por defini-la. Num dicionário comum encontraremos: Virtude. S. f. 1. Disposição firme e constante para a prática do bem. 2. Boa qualidade moral; força moral, valor.1

Etimologicamente, a palavra virtude vem do latim Virtus que é tradução de Areté, palavra grega que significa excelência. Portanto, a virtude consiste na excelência do homem, isto é, aquilo que ele faz melhor do que qualquer outro ser. Assim por exemplo, comparamos o homem aos animais e aos objetos: a excelência do pássaro é voar, a do peixe é nadar, a do remédio é curar, a da faca é cortar e a do homem o desenvolvimento das virtudes, visto que é o único ser suficientemente sofisticado para ter idéias e racionalizá-las.

Mas seriam as virtudes apenas uma obrigação do homem, assim como a da faca é cortar e a do remédio, curar? Não haveria nas virtudes uma utilidade prática?

Embora o cultivo das virtudes seja possível apenas para o homem, muitos não as desenvolvem, pelo menos não tanto quanto seria possível e necessário. O Homem é um campo fértil; onde as virtudes não ultivadas crescem as ervas daninhas, os defeitos da alma.

      “... O Espírito deve ser cultivado como um campo; toda riqueza futura depende do labor presente, e mais do que a bens terrestres, levar-vos-á à gloriosa elevação...”2

Opostamente, se os defeitos são o veneno que danificam a alma, as virtudes são seu antídoto. Eis a utilidade prática das virtudes! A cura da alma! É assim que se pode comparar o caminho das virtudes a uma “escada evolutiva”.

Cada virtude, de uma inumerável lista, é um degrau. Não sei qual ordem certa dos degraus, mas a polidez está certamente entre os primeiros. “Agir polidamente é agir como se fôssemos virtuosos.”3 Polidez é o que aprendemos com os nossos pais e nossos professores, a sermos educados. A maioria de nós faz assim porque assim aprendeu, sem efetivamente pensar sobre este conjunto de regras: dizer obrigado, por favor, pedir licença, calar-se quando o outro fala, desculpar-se por um esbarrão num estranho... A experiência da vida nos faz caminhar, aprender e com um pouco de reflexão e senso crítico passamos a exercer as mesmas atitudes não porque assim aprendemos, mas porque nos convencemos de que é o mais correto a se fazer, isto é, moralmente correto. A moral nos liberta da polidez, uma vez que nos dá um outro alicerce para nossas atitudes. Não faço porque é educado, mas porque é certo! A presença de moral no indivíduo indica que mais alguns degraus foram alcançados. Se a moral nos leva a um novo nível de atitudes onde deve acabar esta longa escada? Qual outra mola propulsora, mais poderosa, nos faria subir? E eis que chegamos ao Amor, virtude máxima! A mais difícil de se aprender, mas também a mais libertadora. Falamos aqui não do amor como desejo, pois desejo é subjugação, mas do amor incondicional. O que fazemos por amor, não fazemos por obrigação, aí reside a liberdade, pois o que fazemos por vontade própria, fazemos com prazer, não por obrigação. Logo, o amor dispensa a moral. E tudo o que antes fazíamos por estarmos convencidos de que era o certo, agora fazemos por que amamos nosso próximo, porque o entendemos e queremos que ele fique bem. Amar é difícil, mas fazer por amor é fácil. Qual mãe alimenta seu filho por dever? O dever (moral) só nos faz fazer aquilo que o amor, se estivesse presente, nos faria fazer sem coerção.

      “O amor resume inteiramente a doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu início, o homem não tem senão instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos; e o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas este sol interior que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres e aniquila as misérias sociais. Feliz aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor seus irmãos em dores!”4

Agir polidamente é agir como se fôssemos virtuosos, agir moralmente é agir como se amássemos, até que amemos, efetivamente.

      “Amar, no sentido profundo da palavra, é ser leal, integro, honesto, consciencioso para fazer aos outros o que se quereria para si mesmo; é procurar ao redor de si o sentido íntimo de todas as dores que oprimem vossos irmãos, para abrandá-las; é encarar a grande família humana como a sua, porque essa família, vós a encontrareis, em um certo período, em mundos mais avançados, e os Espíritos que a compõem são, como vós, filhos de Deus, destinados a se elevarem ao infinito. É por isso que não podeis recusar aos vossos irmãos o que Deus vos deu livremente, visto que, a vosso turno, estaríeis bem contentes se vossos irmãos vos dessem do que tivessem necessidade. A todos os sofrimentos, dai pois, uma palavra de esperança e de apoio, a fim de que sejais todo amor, todo justiça.”5

Durante uma encarnação temos a oportunidade de nos transformar. Deixando de ser escravos de nossos instintos para nos tornar senhores deles. À medida em que racionalizamos nossos impulsos e desejos avançamos em direção ao princípio inteligente que nos torna humanos e daí para uma evolução contínua, inevitável, questão apenas de tempo.

      “Os efeitos da lei do amor são o aperfeiçoamento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre. Os mais rebeldes e os mais viciosos deverão se reformar quando virem os benefícios produzidos por essa prática: Não façais aos outros o que não quereríeis que vos fosse feito, mas fazei-lhes ao contrário, todo o bem que está em vosso poder fazer-lhes.”6

“A reflexão sobre as virtudes não torna ninguém virtuoso, mas há pelo menos uma virtude que ela pode nos trazer: a humildade. [...] Pensar as virtudes é medir a distância que nos separa delas”7.

Quando soubermos amar de verdade não precisaremos mais falar em virtudes.

Colaboração: Patrícia Souza

Perguntas Frequentes Sobre o Cecure